Tropical, que pertence ou se refere aos trópicos; Situado entre os trópicos, que vive e/ou pertence aos trópicos; Abrasador (calor). Bondage, tipo específico de fetiche, geralmente onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. A mistura de miçangas, crochê, cristais com a sensualidade da lingerie, o fetiche do preto, e a força instintiva, quase animal, do Rock, numa mistura pouco provável born Tropical Bondage.
Finalmente uma definição sobre mim, sobre minha vida. Como se eu estivesse desbravando a selva das cidades. O sol sob o mar e o calor do dia fizeram reluzir o universo Tropical Bondage pelas ruas do Vidigal no Rio de Janeiro, lugar escolhido para dar o start ao nosso projeto. A sensação que eu tinha era que tava acontecendo algo surreal, mas ao mesmo tempo não, pois aconteceu da junção de esforços e trabalho. Eu me via como uma guerreira tropical pelas vielas da comunidade, percebendo a força das mulheres que lutam, trabalham, se amam e mantém a sensualidade.
Na busca de expressar meu lado Cleo, prezando pela autenticidade, percebi muito da curiosidade forte e poderosa existente na personagem Valentina de Crepax e na sensualidade intrínseca da Barbarella, mulheres que investigam o mundo a sua volta de forma sexy e poderosa e que tomei como referências.
O desafio de mostrar meu universo próprio e nele me desnudar por inteira foi ficando cada vez mais intenso e instigante com as parcerias que foram acontecendo, cada um que chagava completava coletivamente o processo de criação. Dudu me traduziu por meio dos looks, ele entendeu exatamente o nível de estranheza que eu tinha, o de sensualidade, o mais popular, o mais sofisticado. O termo Tropical Bondage definiu tudo pra mim, quando eu pensava nessa expressão eu sabia exatamente o que eu queria de cada foto.
O Gustavo me captou e traduziu de forma incrível, a gente se comunicou não verbalmente, o que para mim foi maravilhoso. A luz que ele escolheu, os ângulos, a direção que ele deu, foi super complementar ao que eu queria. Cada um na sua parte, ele na fotografia, na direção e o Dudu na parte de desenho, da imagem, acho que ali a gente era um só.
A casa Geração Vidigal e os jovens estilistas trouxeram o frescor que faltava para encarar esse desafio. Os meninos reforçaram uma sensação que eu gosto muito de ter, de que você deve confiar em seus instintos e em você, alimentar o seu desejo, e se aliar a pessoas que querem fazer a sua, e a maluquice delas acontecerem, um encontro onde as maluquices se encontram para fazer alguma arte linda e que todo mundo fique único, onde amor e colaboração são o carro chefe, para trazer para vocês o que há de mais especial e único no meu universo.
Por isso, sejam bem vindos! Let’s have a good time bitches!